Gringos imitando

Pedro Philippe FS.

1/5/2024

Estamos bem acostumados a acompanhar músicas internacionais traduzidas para o português brasileiro: mas e o contrário? Você sabia que existem um montão de músicas gringas que são samples de artistas nordestinos?

FAGNER

Traduzir-Se (1981)

Raimundo Fagner

Family Color (2022)

Ka

NANÁ VASCONCELOS

Trayra Boia (1982)

Naná Vasconcelos e Antonello Salis

Last Night on Earth (1997)

U2

TOM ZÉ

Cademar (1973)

Tom Zé

What You Wish For (2015)

Red Pill

MARIA BETHÂNIA

Ela e eu (1979)

Maria Bethânia

Beta (2000)

Adicta

AMELINHA

Pedaço de canção (1979)

Amelinha

All of that said (2021)

Evidence

Samplear não é roubar

Nem é imitação.

Se o artista que faz o sample dá os devidos créditos, tá tudo certo.

O sample é um trecho (às vezes, a música inteira) de uma gravação, que são recortados ou reproduzidos, pra criar uma nova melodia.

A questão jurídica em torno do sample é confusa no Brasil e em outros países. Há quem diga que basta um pedido de autorização (e um pix) para sua nova obra não configurar plágio - como é o clássico caso de Gotye, que pagou 1 milhão de dólares à família de Luiz Bonfá pelo sample de “Seville” em “Somebody that I used to know”.

Pedro Philippe FS.

Jornalista e podcaster do sertão do Cariri cearense