O maior em linha reta - Por que os pernambucanos se acham?

ORGULHO DE SER PERNAMBUCANO

Sem querer criar rivalidade entre estados e sem querer levantar ainda mais a bola deles… mas a bandeira de Pernambuco é a mais linda. Precisamos concordar nisso.

A relação do povo pernambucano com os seus símbolos é de um nível pouco visto em outros lugares. Além de pendurar e estampar sua bandeira onde podem, eles aprendem na escola a cantar o hino do Estado - e até em festa a música toca, e todo mundo canta junto “Salve, ó terra dos altos coqueiros!”.
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O MITO DA GRANDEZA

“Maior” e “melhor” são adjetivos que pernambucano ama.

Há quem ache que Recife é a maior capital do Nordeste, apesar de ela ficar atrás de Fortaleza e Salvador em número de habitantes.

Há quem diga que o Sport é o campeão brasileiro de 1987, apesar de alguns cariocas afirmarem com convicção que é o Flamengo.

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O DELÍRIO DE GRANDEZA

‍O mais clássico dos delírios de grandeza do pernambucano é a história de que a Caxangá, em Recife, é a maior avenida em linha reta da América Latina. No Brasil, ela vence a disputa (inventada pelos próprios pernambucanos) se levarmos em consideração que toda a extensão dela é reta, de fato, enquanto as demais têm uma curva aqui e ali. O título de “melhor Carnaval do mundo” pra Olinda é questionável, já que é exatamente uma questão de gosto. Mas nós aqui do PRONTO teremos de concordar: o Carnaval de Olinda é o melhor mesmo.

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LEMBRANDO A REVOLUÇÃO

Pertencimento não é uma coisa que surge da noite para o dia. E uma das raízes deste orgulho está no histórico de revoluções do Estado.

Os pernambucanos expulsaram os holandeses que invadiram e exploraram suas terras, encabeçaram a primeira tentativa de independência do Brasil e lideraram importantes quilombos que lutaram pela libertação do povo escravizado. Nos anos 1990, uma revolução cultural batizada de manguebeat veio reacender esse fogo revolucionário.

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O MELHOR DA MPB

Não vamos nem tentar falar da música pernambucana em um simples post do Instagram, porque isto é tema para um livro de mil páginas.

Mas, resumindo: Pernambuco tem o frevo, o baião, o maracatu, o manguebeat, o brega funk, a ciranda… Reginaldo Rossi, Lia de Itamaracá, Luiz Gonzaga, Chico Science, Alceu Valença, Priscila Senna, Dominguinhos, João Gomes…

Tá bom ou quer mais?

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O MELHOR DO CINEMA BRASILEIRO

O cinema pernambucano amassa. É fato. A produção cinematográfica do estado data de 100 anos atrás, quando um movimento de fomento às filmagens e salas começou a investir neste mercado que hoje coloca o audiovisual de Pernambuco no alto das prateleiras do Brasil - e do mundo.

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NÃO, E DETALHE!

Não estamos falando de uma riqueza cultural voltada para a capital e concentrada nela.

Pernambuco se divide em três regiões: Zona da Mata, Agreste e Sertão. E, acredite se quiser, todas as três têm suas próprias tradições populares, gastronomia e manifestações culturais.

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Como cearense, o que eu mais admiro em Pernambuco é que ele não quer ser Miami, não quer ser Dubai. Pernambuco é o que sempre foi e sempre será: ele próprio. Admiro também que sua capital não é voltada para o mar, ela é voltada para o seu interior - a melhor posição para se estar, olhando para a Caatinga e não para os prédios. E é por isso que pernambucano sabe quem é ele. Entre as muitas coisas que o Brasil tem para aprender com Pernambuco, acho que temos de começar pela lição de saber quem a gente é. Alguém pode dizer, tentando ofender, que pernambucano é cheio de si. E esse vai ser o elogio mais acertado. Pernambucano é lindamente cheio do que ele verdadeiramente é.>>

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E você? Tem orgulho de ser pernambucano? Ou também está no grupo dos que amam Pernambuco como se tivesse nascido lá?