Marcela Figueiredo
30/4/2024
Se você circula por uma metrópole, certamente já cruzou por algum ponto onde vendedores “de tudo” expõem objetos usados, raros ou inusitados conquistados através de garimpos, doações ou até mesmo trocas. O que para alguns já virou lixo, para outros é classificado como relíquia.
Esse tipo de ocupação do espaço urbano acontece principalmente em três regiões diferentes da cidade.
Diferente das feiras de antiguidades, que geralmente têm o aval do poder público local, o shopping-chão tem a informalidade como característica. No shopping-chão, comerciantes se reúnem em um ponto estratégico da cidade, abrem suas lonas e expõem os produtos. Aos poucos aquele conjunto de ambulantes começa a fazer parte do visual da cidade e o local vira referência para quem procura objetos baratos ou difíceis de serem encontrados.
Há quem diga que o shopping-chão é o paraíso dos garimpeiros urbanos e o ponto comercial mais democrático do mundo. Nessa vitrine a céu aberto, encontramos à disposição coisas que enquanto pra uns é considerada lixo, para outras é relíquia ou raridade.
Com olhos e ouvidos um pouco mais atentos, percebemos um solo fértil de histórias sobre a cidade, experiência de vida, as diversas formas de se relacionar com o Rio e a desenvoltura para situações desafiadoras.